terça-feira, 27 de novembro de 2012

Seguindo pelo Vale do Ribeira: Parque Estadual Caverna do Diabo – Set/12


Logo depois de ter conhecido a Cachoeira do Travessão (clique aqui), segui de carro para a cidade de Registro (SP), porque tinha que resolver uns assuntos bancários inadiáveis. Registro é uma cidade que eu sinceramente não curto nem um pouco, é uma cidade que me dá uma espécie de “deprê”.
Serviço feito, sentei na calçada em frente de uma loja e abri os mapas. Minha próxima Unidade de Conservação na lista era o Parque Estadual Caverna do Diabo, e eu buscava um caminho mais alternativo possível. Não queria ir pela Dutra (BR 116) para depois subir. Queria aventura! Acabei encontrando um caminho bem interessante, margeando o Rio Ribeira até a cidade de Eldorado (SP), onde fica a sede do PECV. E assim eu fiz: subi pela SP-139 em direção a Sete Barras (SP), mas em determinado momento saí da estrada para pegar uma variante à esquerda, a SP-250. Uma das estradas mais sinuosas que eu já peguei, e sempre, sempre, margeando o lindo rio Ribeira de Iguape! Foi uma escolha feliz, em um dia ensolado e de calor.
Rio Ribeira de Iguape, grande rio do Estado de São Paulo. Infelizmente, está um pouco assoreado. Mas continua lindo!

Passei pela cidade de Eldorado, parei na Central de informações ainda a tempo de saber se era possível visitar o parque. Eram por volta das 16h20, e o parque fecharia a visitação à caverna às 17h. Acelerei o máximo que pude naquela estrada sinuosa, subi os 5 km da estrada íngreme até a sede, mas consegui chegar a tempo de fazer a visita (monitorada) à caverna.
Eldorado, o portal das cavernas

Portal de entrada da cidade de Eldorado (SP): a capital do caving, auto-intitulada, é claro...

Placa estilizada do parque

  •       A sede do Parque Estadual Caverna do Diabo impressiona logo de cara: um enorme pátio de estacionamento antecede um conjunto de casarões, onde estão instalados um restaurante muito bom (Restaurante Kaverna. 13 3871 0259), banheiros grandes. As coisas funcionam ali. Obrigatoriamente você tem que pagar por uma monitoria pela Caverna do Diabo (R$16, ingresso+monitoria), mas nesse caso, mesmo não curtindo essa “obrigação”, eu vi vantagem. Tem coisas ali que só um cara que já conhece poderia mostrar.



O monitor que me acompanhou foi o Geraldo, que eu descobri depois ser primo de um cara que eu havia conhecido uma semana antes, em São Paulo, em um evento profissional. Esse cara era o Ivo, guia e parte do Conselho do Circuito Turístico Quilombola. O mundo é muito pequeno! Acabei aproveitando e perguntando ao Geraldo se ele tinha um abrigo para eu abrir minha barraca, no que ele prontamente ajeitou um lugar para eu ficar, no quintal enorme de um primo dele.

Infra estrutura bacana, e sem chance de entrar na caverna sem guia...
A Caverna do Diabo é imponente, apesar de estar totalmente descaracterizada pelas escadarias de concreto, que na verdade são para diminuir o impacto dos visitantes ao local. Alguns espeleotemas interessantes, salões enormes, um rio que corre internamente. Fiquei ali cerca de 50 minutos, não tirei nenhuma foto. Mas gostei muito dali. Claro, há cavernas mais selvagens, sem iluminação, mas me agradou o que eu vi ali.


Entrada da Caverna do Diabo

Cachoeira do Araça, ou uma das várias quedas da cachoeira

Cachoeira do Araça
No fim do tour pela caverna, ainda tive tempo de fazer uma trilha até uma cachoeira chamada Araçá, na verdade uma sequencia de quedas bem interessantes. Fiquei ali até às 18h20, e saí do parque já quase no escuro, para procurar o tal local que o Geraldo havia me falado para montar a barraca.
Caminhos dentro do parque
 Montei a barraca, os mosquitos infernizando, meu corpo suado pedia um banho! Mas onde? E a fome apertou. O sobrinho do Geraldo veio falar comigo, e me deu uma dica: 2 km pela estrada, sentido Eldorado, tinha um bar, chamado Bar da Bica, onde podia comer alguma coisa, e também tomar um banho na bica que dá nome ao bar. Corri para lá. Tomei um banho revigorante de bica, pedi uma porção de linguiça frita e uma breja. Logo puxei papo com umas mulheres que também estavam por ali, Graça, Ruth e Regina, que eu havia visto no parque também. Graça, descobri depois, é a dona do restaurante que fica na sede do parque; Ruth e Regina são professoras.
Sede do Parque Estadual Caverna do Diabo. Muito boa estrutura!
O papo rolou animado, calor, cerveja, e de repente veio chegando o povo da comunidade quilombola Sapatu. Do nada, alguém puxou um violão. E assim começou uma festa que foi até altas horas, agora regada a dança e cachaça. Ainda joguei bilhar contra o dono do bar, ganhei a melhor de três dele, o que causou certo espanto na galera (e em mim também! Foi pura sorte!! Kkkk).


Saí do Bar da Bica meio “torto”, voltei para o camping e me enfiei na barraca. O dia tinha sido realmente espetacular, e fechou com chave de ouro!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Parque Estadual Carlos Botelho – Núcleos São Miguel Arcanjo (SP) e Sete Barras (SP) – Set/12


Chegando ao Parque e descendo pela estrada-parque – 17/9/2012

Com uma semana de férias já corrida, decidi conhecer uma região que há muito eu tinha deixado em segundo plano: o Vale do Ribeira. Com um mosaico de Unidades de Conservação (UC) se sobrepondo, me planejei para passar uma semana conhecendo esta região.
Comecei a trip pelo Parque Estadual Carlos Botelho (PECB), cuja sede se encontra na simpática cidade de São Miguel Arcanjo (SP), e que abriga em seu interior uma estrada-parque muito interessante. Descendo pelo Vale do Ribeira, o PECB tem ainda outro núcleo, chamado Sete Barras.

Na SP-250, um totem no caminho do PECB.
Em uma bela manhã de segunda-feira (17/9), às 6h19, comecei minha viagem. Havia alugado um carro para esse fim. Segundo informações colhidas, a melhor maneira de chegar seria pela Castello Branco (SP-280), saindo depois sentido Sorocaba. Mas eu preferi fazer um caminho diferente, ainda que mais longo: peguei a rodovia Raposo Tavares (SP-270), seguindo até Sorocaba, depois seguindo por Pilar do Sul (SP) até São Miguel Arcanjo. Sinceramente, curti cada curva linda e perigosa deste caminho.
Entrada do Parque Estadual Carlos Botelho (Núcleo São Miguel Arcanjo)

Cheguei em São Miguel Arcanjo por volta das 10h30. Cidadezinha realmente muito simpática, dei um tempo ali para me refazer um pouco e comer alguma coisa. Aproveitei e passei em um supermercado para me abastecer, caso eu acampasse (o que eu acabei fazendo mesmo). Acertei em cheio!
De São Miguel Arcanjo segui para o parque. São 25 km por uma estradinha bucólica, cercada de muito verde e visuais muito interessantes. Quase uma hora depois (eram 12h21) cheguei à sede do PECB. De cara deu para perceber que é um parque bem estruturado. Fui recepcionado muito bem, os funcionários do parque são muito atenciosos.


Placa indicando a Trilha das Bromélias
Esta trilha é totalmente acessível para pessoas com deficiência motora.

As trilhas, em sua maioria, são todas monitoradas. Conversando com o pessoal do parque, descobri que havia duas delas que estavam liberadas: Trilha das Bromélias, uma trilha totalmente adaptada para pessoas com necessidades especiais, com cerca de 300 m de comprimento; e a Trilha do Rio Taquaral, extensão de 1800 m, que margeia o rio de mesmo nome.
  •       Trilha das Bromélias: estruturada como de passarela de madeira, esta trilha forma um circuito pequeno, que passa no meio de um bosque bonito. A trilha é curta, mas proporciona uma interação importante para os portadores de deficiência.
  • ·         Trilha do Rio Taquaral: o rio Taquaral passa dentro do parque e pertence à bacia do rio Paranapanema. A trilha em questão é muito interessante, começa em uma cota alta e vai descendo forte, por volta de uns 20 minutos, até encontrar o Taquaral. Nesse ponto você escolhe seguir para a direita (até um deck à beira do rio), ou à esquerda (margeando o rio, até encontrar a estrada-parque e uma cachoeira gostosa para banho).


Entrada da Trilha do Rio Taquaral

Pegando à esquerda na trilha, você chega à estrada-parque, e à esta cachoeira deliciosa

Pegando à direita, você chega a este deck de banho
Eu, tomando um banho no Rio Taquaral

Foi muito bom, aproveitei para me banhar um pouco, tanto na cachoeira quanto no próprio rio Taquaral, e espantar o calor. Voltei à sede por volta das 14h, coloquei as coisas no carro e comecei a descida pela estrada-parque, também conhecida como SP-139, até o núcleo Sete Barras. Do núcleo onde eu estava até o núcleo Sete Barras são 33 km descendo por esta estrada de terra bem batida, com vários pontos de parada com quiosques estratégicos, sempre a beira de algum ribeirão; cachoeiras, mirantes do Vale do Ribeira, vários avistamentos de animais e pássaros, dezenas deles. Alguns buracos em alguns trechos e os diversos atrativos me fizeram cobrir esses 33 km em cerca de duas boas horas, muito bem aproveitadas! Cheguei ao núcleo Sete Barras exatamente às 16h. Conversei com o pessoal do parque e perguntei onde eu podia andar sem precisar de um “guia” para me acompanhar. Me indicaram a Trilha da Figueira, com cerca de 2km ida e volta.
  • ·         Trilha da Figueira: esta trilha nada mais é que um caminho que margeia o Ribeirão da Serra, de águas cristalinas e geladinha, até uma figueira-branca enorme que tem, segundo o levantamento dos especialistas, aproximadamente mil anos. No trajeto é possível observar alguns tipos de vegetação bem interessantes, Mata Atlântica secundária e várias árvores, todas identificadas com placas. Prato cheio para quem curte árvores! Nessa trilha eu avistei um macuco, pássaro bem difícil de avistar porque é muito arisco.
  • ·       O pessoal que trabalha nesse parque merece destaque: Nil, o segurança boa praça; Sr. Tércio, que trabalha ali há cerca de 20 anos, conhece tudo de pássaros e do parque.

Jà na estrada-parque, parado em um dos quiosques na beira de um braço de rio.
Mais um ribeirão, chamado Água da Vaca
Entrada do núcleo Sete Barras. Na parte de baixo do parque, este núcleo também é espetacular.
Placa ilustrativa do Parque Estadual Carlos Botelho - núcleo Sete Barras.
A quantidade de pássaros que existe nessa região é impressionante!! Para quem curte birdwatching como eu, ali é um verdadeiro Paraíso: gaviões, saíras, jacutingas, papagaios, alma-de-gato, todo tipo de beija-flores e a eterna araponga com seu canto característico.
Ribeirão da Serra, dentro do núcleo Sete Barras. Muito bem cuidado!
Não tem como não estar feliz!
Quando voltei da Trilha da Figueira, às 16h49, fiquei sabendo que poderia acampar no parque, e usufruir das instalações boas que o núcleo Sete Barras oferece: chuveiro quente, uma área coberta muito boa, banheiro com papel higiênico, filtro com água gelada. Praticamente um resort, e não um camping. Ok!! Montei minha barraca (uma iglu para três pessoas, um verdadeiro latifúndio...kkkk) e preparei meu jantar naquela noite maravilhosa de céu estrelado e sons noturnos da fauna que desperta com o cair do Sol.
Amanhã, sigo para a Cachoeira do Travessão.
Com um "telhado", banho quente e banheiro bacana, nem parece um camping, parece mais um resort!


Parque Estadual Carlos Botelho – em busca da cachu escondida – 2º dia (18/9/2012)

Acordei cedo depois de uma boa noite de sono. Como o Sr. Tércio havia me dito na noite anterior, pela manhã o responsável pelo parque, um cara simpático chamado Márcio, me preparou um mapa bem ilustrativo de como eu chegaria à Cachoeira do Travessão (também conhecida como Cachoeira Alta), uma queda que fica exatamente na divisa do parque com uma propriedade particular. Tomei um café rápido e saí do parque às 10h20 em direção ao bairro de Rio Preto (ou Nazaré), na zona rural da cidade de Sete Barras (SP).
Na SP 139, já com asfalto e indo em direção a Sete Barras, pega-se à esquerda sentido bairro Rio Preto
O trajeto total levou cerca de 18 km, em uma sequência de estradinhas de terra que vão se enfiando mais e mais para dentro de um gigantesco bananal, produto principal do glorioso Vale do Ribeira. Chega a confundir a quantidade de “ruas” de bananal que vão cruzando o caminho principal. Depois de alguma dificuldade e da ajuda de uma turma de agricultores que iam cuidar da plantação, cheguei ao que eles chamam de “rotatória”, que é uma clareira uma a estradinha acabava. Dali, eu deveria pegar uma trilha, que saía tímida de um ponto da “rotatória”. E segui pela trilha, que logo começou a margear o Rio Ipiranga e suas pedras.


Rio Ipiranga: subindo em direção a sua cabeceira, encontra-se a Cachoeira do Travessão
Caminhei pela trilha mais ou menos uns 15 minutos, eu já conseguia escutar a Travessão, mas não conseguia vê-la ainda. Quando o relógio marcava 11h10 finalmente a cachoeira se descortinou para mim: belíssima, encorpada, com um poço agitado e verde. A cachu se dividia em duas, e do seu lado direito uma segunda queda, menor, também me encantava. Não pensei duas vezes e entrei naquela água boa, e menos gelada do que eu esperava. Fiquei por ali até as 12h20, quando comecei a fazer a trilha de volta para o carro.
Cachoeira do Travessão (ou Cachoeira Alta). Um certo sufoco para chegar até aqui, mas valeu muito a pena.
Eu, um pouco antes de entrar nas águas movimentadas da Cachu do Travessão
No caminho de volta, descobri um poção de uns 5 metros de profundidade, e águas transparente
O calor já começa a dar mostras do que eu ia enfrentar durante o resto do dia. Mas eu estava feliz pela aventura, por ter conhecido uma cachoeira de difícil acesso, e sobretudo, por ter conhecido uma Unidade de Conservação onde realmente vale a pena pagar o ingresso.
Segui caminho, minha aventura pelo Vale do Ribeira tinha muitos capítulos, mas esta história você vê (aqui).

sábado, 24 de novembro de 2012

Trilha das Sete Praias – Ubatuba (SP) – Dez/11


Decidido a dar uma descansada da jornada cansativa nos dois meses finais de 2011, procurei alguns destinos em que eu pudesse caminhar tranquilamente e sem grandes pretensões, passando uma semana de recesso numa boa. Dentre as várias opções, acabei escolhendo as trilhas das Sete Praias e Saco das Bananas, ambas em Ubatuba (SP).
Saí de São Paulo no dia 26/12 debaixo de um tempo feio, que só piorou a medida que eu seguia em direção ao litoral norte. A chuva forte e o trânsito pesado, parado em vários momentos da viagem, quase me fizeram desistir. Cheguei em Ubatuba já no meio da tarde, e entre uma breja e outra, fui procurar um local para ficar. Acabei ficando em um camping chamado Cantinho da Amizade, R$25 por barraca. Inflação de fim de ano...
Acordei no outro dia cedo, por volta das 6h30, e fui preparar as coisas para ir para a trilha. Munido de um relato do meu amigo montanhista Augusto, comecei a caminhar às 8h06, em direção à Praia da Lagoinha, que fica à esquerda do camping. A trilha começa ali, ao cruzar um pequeno rio. Eram 8h53.
Praia da Lagoinha, inicio da trilha. No canto esquerdo, cruzando o rio, começa  a Trilha das Setes Praias
A trilha é bastante aberta e sempre tem gente passando por ali. Neste trecho inicial passamos por muitas casas, algumas verdadeiras mansões escondidas na Mata Atlântica. Exatamente às 9h passei por um rancho de pesca, e continuei caminhando pela trilha aberta até chegar à primeira praia, chamada Perez. Lá encontrei um casal idoso com uma matilha de cães, fiquei um tempo ali descansando. O relógio marcava 9h21, e o sol estava gostoso e convidativo para um mergulho.
Continuei a caminhada pela vereda aberta e vinte minutos depois cheguei à Praia do Bonete. Passei batido por ela pois já tinha bastante gente se ajeitando por ali, e segui para a Praia Grande do Bonete, onde vi pela primeira vez as placas do programa turístico chamado Passos de Anchieta, que é um conjunto de trilhas que percorre de sul a norte todo o litoral paulista. A Praia Grande do Bonete é extensa, e pude ver porque muita gente a procura: é bem bonita e tem um infra aconchegante.

Praia do Bonete
Placa na Praia Deserta
Continuei a caminhada pela vereda aberta e vinte minutos depois cheguei à Praia do Bonete. Passei batido por ela pois já tinha bastante gente se ajeitando por ali, e segui para a Praia Grande do Bonete, onde vi pela primeira vez as placas do programa turístico chamado Passos de Anchieta, que é um conjunto de trilhas que percorre de sul a norte todo o litoral paulista. A Praia Grande do Bonete é extensa, e pude ver porque muita gente a procura: é bem bonita e tem um infra aconchegante.
Segui pela trilha. A próxima praia que passei foi a Deserta, com uma galera notadamente abonada curtindo a areia. Gostosas e bombadinhos conversando enquanto eu ia passando, mochila nas costas e bota de montanha. Não eram nem 10h e eu já tinha avançado rápido por cinco praias.
Umas das placas de sinalização do programa de trilhas Passos de Anchieta
10h13 e eu já estava nas areias da Praia do Cedro, onde uma ripongada fazia a festa no canto esquerdo da praia. Mas os ripongas do século 21 estão muito bem preparados, e eles tinham até cerveja gelada à disposição. Só não me pergunte como...
A trilha neste ponto começa a ficar mais íngreme. Não tenho altímetro nem GPS, mas percebi que subi bastante antes de começar a descer até a praia de novo. O desgaste, para mim, começou a bater ali.
Vista do mar, indo para a Praia do Cedro

Às 10h40 cheguei em um ponto da trilha onde pude ver a última praia da trilha, chamada de Fortaleza. Desci devagar e peguei uma variante à direita, descansando um pouco em um costão rochoso. Fiz ali um lanche e fiquei olhando o mar, o céu meio nublado e uma chuva ao longe, que caía no horizonte. Fiquei pensando no quanto eu gosto de andar sozinho, e quantas coisas eu vivi assim. Ponderando os prós e os contras. Devaneios de um caminhante...
Depois desse lanchinho, segui adiante, em um ritmo mais devagar. Cheguei a pegar uma variante à direita, para o caminho ser mais comprido. Enfim, cheguei á Praia de Fortaleza às 11h28, com a praia lotada e meu espírito tranquilo. Fiquei de bobeira ali ainda, tomando uma breja e comendo um peixinho, até resolver pegar o bus em direção à pista, para depois voltar até a Praia da Lagoinha e ao camping onde eu estava.