sábado, 24 de novembro de 2012

Trilha das Sete Praias – Ubatuba (SP) – Dez/11


Decidido a dar uma descansada da jornada cansativa nos dois meses finais de 2011, procurei alguns destinos em que eu pudesse caminhar tranquilamente e sem grandes pretensões, passando uma semana de recesso numa boa. Dentre as várias opções, acabei escolhendo as trilhas das Sete Praias e Saco das Bananas, ambas em Ubatuba (SP).
Saí de São Paulo no dia 26/12 debaixo de um tempo feio, que só piorou a medida que eu seguia em direção ao litoral norte. A chuva forte e o trânsito pesado, parado em vários momentos da viagem, quase me fizeram desistir. Cheguei em Ubatuba já no meio da tarde, e entre uma breja e outra, fui procurar um local para ficar. Acabei ficando em um camping chamado Cantinho da Amizade, R$25 por barraca. Inflação de fim de ano...
Acordei no outro dia cedo, por volta das 6h30, e fui preparar as coisas para ir para a trilha. Munido de um relato do meu amigo montanhista Augusto, comecei a caminhar às 8h06, em direção à Praia da Lagoinha, que fica à esquerda do camping. A trilha começa ali, ao cruzar um pequeno rio. Eram 8h53.
Praia da Lagoinha, inicio da trilha. No canto esquerdo, cruzando o rio, começa  a Trilha das Setes Praias
A trilha é bastante aberta e sempre tem gente passando por ali. Neste trecho inicial passamos por muitas casas, algumas verdadeiras mansões escondidas na Mata Atlântica. Exatamente às 9h passei por um rancho de pesca, e continuei caminhando pela trilha aberta até chegar à primeira praia, chamada Perez. Lá encontrei um casal idoso com uma matilha de cães, fiquei um tempo ali descansando. O relógio marcava 9h21, e o sol estava gostoso e convidativo para um mergulho.
Continuei a caminhada pela vereda aberta e vinte minutos depois cheguei à Praia do Bonete. Passei batido por ela pois já tinha bastante gente se ajeitando por ali, e segui para a Praia Grande do Bonete, onde vi pela primeira vez as placas do programa turístico chamado Passos de Anchieta, que é um conjunto de trilhas que percorre de sul a norte todo o litoral paulista. A Praia Grande do Bonete é extensa, e pude ver porque muita gente a procura: é bem bonita e tem um infra aconchegante.

Praia do Bonete
Placa na Praia Deserta
Continuei a caminhada pela vereda aberta e vinte minutos depois cheguei à Praia do Bonete. Passei batido por ela pois já tinha bastante gente se ajeitando por ali, e segui para a Praia Grande do Bonete, onde vi pela primeira vez as placas do programa turístico chamado Passos de Anchieta, que é um conjunto de trilhas que percorre de sul a norte todo o litoral paulista. A Praia Grande do Bonete é extensa, e pude ver porque muita gente a procura: é bem bonita e tem um infra aconchegante.
Segui pela trilha. A próxima praia que passei foi a Deserta, com uma galera notadamente abonada curtindo a areia. Gostosas e bombadinhos conversando enquanto eu ia passando, mochila nas costas e bota de montanha. Não eram nem 10h e eu já tinha avançado rápido por cinco praias.
Umas das placas de sinalização do programa de trilhas Passos de Anchieta
10h13 e eu já estava nas areias da Praia do Cedro, onde uma ripongada fazia a festa no canto esquerdo da praia. Mas os ripongas do século 21 estão muito bem preparados, e eles tinham até cerveja gelada à disposição. Só não me pergunte como...
A trilha neste ponto começa a ficar mais íngreme. Não tenho altímetro nem GPS, mas percebi que subi bastante antes de começar a descer até a praia de novo. O desgaste, para mim, começou a bater ali.
Vista do mar, indo para a Praia do Cedro

Às 10h40 cheguei em um ponto da trilha onde pude ver a última praia da trilha, chamada de Fortaleza. Desci devagar e peguei uma variante à direita, descansando um pouco em um costão rochoso. Fiz ali um lanche e fiquei olhando o mar, o céu meio nublado e uma chuva ao longe, que caía no horizonte. Fiquei pensando no quanto eu gosto de andar sozinho, e quantas coisas eu vivi assim. Ponderando os prós e os contras. Devaneios de um caminhante...
Depois desse lanchinho, segui adiante, em um ritmo mais devagar. Cheguei a pegar uma variante à direita, para o caminho ser mais comprido. Enfim, cheguei á Praia de Fortaleza às 11h28, com a praia lotada e meu espírito tranquilo. Fiquei de bobeira ali ainda, tomando uma breja e comendo um peixinho, até resolver pegar o bus em direção à pista, para depois voltar até a Praia da Lagoinha e ao camping onde eu estava. 

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