Clint Eastwood sempre foi considerado um ator um tanto limitado, injustamente. Talvez por conta dos filmes da série Dirty Harry (Magnum 44 é o meu preferido), onde ele interpretava um policial dedo mole, ficou com a alcunha de ter "cara de mármore", sem muitos recursos de atuação. Ok, concordo em parte. Mas Clint Eastwood é a prova viva de que o tempo realmente melhora as pessoas. Como ator, ganhou corpo e pegada. Como diretor, se revelou preciso em conduzir atores e cenas.
Vi semana passada o recém lançado Além da Vida, filme que fala da vida após a morte. Mas a grande sacada que eu vi no filme foi que a vida após a morte que se trata no filme não é a vida no além, do mistério que é o "outro lado". Retrata, na verdade, da vida cotidiana que segue após o contato dos personagens com a morte, fato que ocorre de maneiras distintas.
Vi semana passada o recém lançado Além da Vida, filme que fala da vida após a morte. Mas a grande sacada que eu vi no filme foi que a vida após a morte que se trata no filme não é a vida no além, do mistério que é o "outro lado". Retrata, na verdade, da vida cotidiana que segue após o contato dos personagens com a morte, fato que ocorre de maneiras distintas.
Matt Daymon continua em boa forma. O cara me convenceu no papel de um médium amargurado com o "dom" que tem, querendo a todo custo fugir daquilo que ele chama de maldição (It´s a curse!). A francesa Cecile de France faz uma traumatizada vítima do tsunami que varreu a Tailândia, onde teve uma experiência de quase morte. E fechando a trinca, a história dos meninos gêmeos, interpretados pelos irmão George e Frankie McLaren. Essas três histórias, distintas inicialmente, vão se misturando e convergindo sutilmente, até a parte final do filme. Para mim, ficou a mensagem que a morte, mesmo com as suas consequências e dores, pode dar lugar a sua outra cara metade, a esperança. Gostei do filme, e recomendo.
Além da Vida: filme sobre esperança, em meio ao tema morte. Clint Eastwood em mais um filme digno de nota.