quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Parque Estadual Turístico Alto do Ribeira (PETAR) - Set/12


Parque Estadual Turístico Alto do Ribeira (PETAR)



Acordei cedo e revigorado, depois de dormir em uma cama muito boa no hotel em Apiaí (SP). Tomei café, coloquei minhas coisas no carro e comecei a subir os 23 km que me separavam do Núcleo Santana. O dia estava bonito e o Sol já começava a brilhar. A estrada de terra que serpenteia a Serra de Paranapiacaba vai descortinando algumas paisagens muito bonitas, e a presença de uma Mata Atlântica exuberante. No meio do caminho vi uma placa que indicava a Cachoeira das Arapongas. Curioso, desviei o caminho e segui para conhece-la. Outra plaquinha indicava a direção da cachu e o valor de R$5 a ser pago, um pouco antes de uma casinha. Uma trilha seguia à direita da casinha, que ia margeando as águas de um riacho. 20 minutos de caminhada e cheguei até a escada que descia à cachoeira. Queda bacana, volume médio, mas não vale pagar para vê-la.

Trilha para a Cachoeira das Arapongas
Cachoeira das Arapongas. R$5 para poder visitá-la. É o tal do ecoturismo...
 Voltei para a estrada e às 10h40 entrei no famoso PETAR. Bati um papo na entrada com o pessoal da portaria e me falaram aquilo que eu temia: as trilhas só poderiam ser feitas com monitores credenciados. A velha e idiota prática protecionista que eu tanto detesto. As áreas de podem ser visitadas livremente são a área de lazer e a Cachoeira do Couto. Paguei R$6 e desci até a sede do parque.

Saindo de Apiaí (SP), subindo a Serra de Paranapiacaba, bem no topo temos esta visão!

Estacionei o carro para olhar o mirante e aproveitar  o silêncio da mata


Estacionei o carro e fiquei ali observando. Era cedo e algumas escolas estavam prestes a começar a trilha, junto com os guias. Eu estava com uma ideia na cabeça, fazer as trilhas sem guia nenhum! Entrei de mansinho na Trilha do Rio Betari sem nenhum monitor sanguessuga. Essa trilha tem 3,5 km e é mais fácil de fazer do que qualquer trilha de parque urbano. Um pouco de atenção e cuidado e é possível desfrutar sem nenhum perigo, por mais que tentem fazer as pessoas acharem o contrário.

Encontrei vários monitores na trilha, e sempre que me perguntavam o que eu estava fazendo sozinho lá, eu criava uma versão diferente. Eu nunca pagaria R$ 120 para fazer uma trilha daquelas. Jamais!!
Entrada da Trilha do Rio Betari, onde quem manda e decide quem entra ou não é um bando de monitores sanguessugas.
O belo Rio Betari, que corta o parque e onde temos que acompanhá-lo durante todo o trajeto da Trilho do Rio Betari, onde inclusive tem que atravessá-lo algumas vezes.
Falando da trilha: o caminho é muito tranquilo, cruza o Rio Betari algumas vezes, e passa por algumas cavernas que obviamente eu não entrei. Meu interesse era na cachoeira que existe no fim da trilha, como um prêmio mais que merecido. Levei cerca de 30 minutos para fazer a trilha, em um ritmo bem tranquilo. O final da trilha alcança uma cachoeira. A Cachoeira da Andorinha é um conjunto de quedas d´agua muito bonita e perigosa para o banho.
No caminho de volta à sede fui interpelado por um os monitores, que veio pagar regra e querer me dar lição de comportamento em trilha. Tivemos uma rápida discussão, e mandei ele ir trabalhar. A real é a seguinte: um parque público está nas mãos de um grupelho de “guias credenciados” que dizem quem pode ou não entrar nas trilhas de um parque público!

Parte do Rio Betari mais rasinha.
Umas das cavernas que é possível visitar no PETAR. Não entrei porque não faria isso sem equipamentos nem guia, caving é coisa séria!
Rio Betari
Cachoeira da Andorinha: queda volumosa e uma placa onde se lia "proibido nadar, risco de vida!"
Outro lado da Cachoeira da Andorinha
De volta á parte onde é possível andar sem monitoria sanguessuga.
De volta à sede, comecei a explorar a “parte que pode ser visitada sem monitor”. Existe um circuito nessa área que é bem interessante, passando por duas cavernas (do Couto e Morro Preto) e uma cachoeira (também chamada Couto). Nesta cachoeira eu me banhei.

Devo ter andado uns 10 km dentro do parque. Por volta das 14h40 resolvi ir embora, agora em direção à Capa Bonito (SP) para visitar o Parque Estadual Intervales. Desci a serra em direção a Apiaí, para pegar o caminho da SP 250. Quase saindo da cidade de Apiaí passei em frente do “Parque Natural Municipal Morro do Ouro” e resolvi entrar e conhecer. Andei por lá cerca de 50 minutos, tempo suficiente para fazer a trilha até o mirante e ver umas cavas que eram utilizadas para extração de minério e ouro. Foi interessante.

Cachoeira do Couto, boa para um banho refrescante

Parte com pedras e cenicamente muito bonita do Rio Betari
Parque Natural Municipal Morro do Ouro, em Apiaí (SP)
Antigo local de extração de ouro e minério, hoje é um parque muito gostoso para caminhadas.
Peguei a SP 250 e segui em frente. Um pouco depois de Guapiara (SP) vi uma placa que indicava uma entrada para Intervales. Passei uns 500 metros e parei em uma pousada de caminhoneiros à beira da estrada, pagando R$25. Vou descansar e amanhã vou direto para o parque.


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