Acordei às 6h30 para fotografar o Rio Ribeira, mas fui surpreendido por uma chuva leve que caiu rapidamente. Acabei desistindo das fotos e voltei para o saco de dormir. Fui acordado pelo Ivo, que veio ver se eu tinha dormido bem e também para a gente fazer a trilha até a Cachoeira Meu Deus, dentro da comunidade quilombola Sapatu, mas fora dos limites do Parque Estadual Caverna do Diabo. Desmontei rapidinho o acampamento, botei as coisas no carro, e subimos por uma estradinha de terra que leva até a entrada da trilha.
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Meu camarada Ivo, grande mateiro e quilombola da comunidade Sapatu |
A trilha desce bem forte por uns 10 minutos, até encontrar o Vale da Ostra. Esse vale e o rio que o forma tem como principal característica a sequencia alucinante de quedas d´agua (contei 15), e a quantidade de pedras lisas. A vegetação é muito bonita, mata atlântica exuberante. A caminhada cruza a todo o momento o Rio das Ostras, um rio de águas menos geladas do que o que parece.
Eu e o Ivo íamos em um ritmo bem devagar, conversando muito e trocando ideias e impressões sobre a trilha e a vida em geral. Descobri que o cara foi meu vizinho de bairro durante muito tempo, só que eu não lembrava de tê-lo conhecido. Mundo pequeno...
Cerca de duas horas depois, chegamos à Cachoeira Meu Deus. O nome se deve à expressão que todos fazem ao ver aquela cachoeira espetacular. Eu soltei um “puta que pariu!” sincero: a cachoeira é realmente muito linda, com dois poços azulados, e ficando no fim de um cânion. Lógico que mergulhei nessas águas e aproveitei o que pude ao máximo.
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Aqui o Rio das Ostras faz um pequeno canal |
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Formação interessante |
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Mais uma queda d´agua com um poço bacana |
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Cachoeira do Meu Deus, simplesmente espetacular |
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Eu, com a Cachoeira do Meu Deus ao fundo. |
Voltamos por um atalho e chegamos ao carro em 20 minutos. Voltamos o local onde eu fiquei acampado e ali me despedi do Ivo. Fui convidado para numa próxima oportunidade ficar na casa dele, lá na comunidade Sapatu. Muito legal, e convite aceito!
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Passando pela estrada, esta é a placa que identifica o local onde dá pra parar o carro e começar a trilha |
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Um baita almoço bem servido, por um preço honesto: Restaurante Kaverna. |
Fui almoçar no restaurante da
Graça, o Kaverna, que fica na sede do Parque Estadual Caverna do Diabo. Comi um
mega prato por R$ 21,90, que tranquilamente serve duas pessoas. E a comida é
muito saborosa!
Depois do almoço, dei uma
descansada dentro do carro, e logo depois segui em direção à Iporanga (SP),
sempre com o Rio Ribeira à minha direita. Quarenta minutos de estrada e cheguei
à simpática cidade de Iporanga: pequena, mas muito bem organizada. Fui seguindo
as placas para o núcleo Santana. Quando saí da cidade e peguei uma estrada de
terra, encontrei uma senhora no ponto de ônibus com um a criança de colo,
esperando transporte. A mulher ia levar a criança ao médico. Não podia passar
batido: ofereci carona e levei a mulher até a cidade de Apiaí (SP), onde acabei
passando a noite em um hotel, pagando R$79.
Amanhã cedo volto em direção de
Iporanga, para visitar o PETAR.
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