Acordei às 5h30 em um daqueles domingos nublados de Janeiro. A ideia era seguir logo pela manhã para Mogi das Cruzes, com destino à uma cacheira que eu já tinha ouvido falar bastante, mas que não conhecia ainda: a Cachoeira da Pedra Furada.
Peguei o bus perto de casa em direção ao Terminal barra Funda às 6h21, e às 6h43 já estava pegando a Linha Vermelha em direção à estação Brás. Ali encontraria o restante dos colegas que comporiam a trupe, e seguiríamos para a estação Guaianases (linha 11 Coral da CPTM). De lá, outro trem até a estação Estudantes, e finalmente um bus (E392 Manoel Ferreira).
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Terminal de bus na estação Estudantes |
Pegamos um trem exatamente às 8h, e às 9h10 desembarcamos na estação Estudantes. O ônibus Manoel Ferreira, que nos deixaria na balança do km 77, já na Rod. Mogi-Bertioga, saiu pontualmente às 9h40 (ver horários do ônibus aqui). O bus custa R$3, e demorou cerca de uma hora até a balança, onde saltamos, e o ônibus faz o retorno.
Nos ajeitamos, alguns usaram banheiro, outros fizeram algumas fotos, e logos nos pusemos a andar pela rodovia. Estávamos no km 77 (balança) e iríamos até o km 80, a referência do inicio da trilha na mata mesmo. A dica aqui é contar três recuos para carros. Após o terceiro recuo começa a trilha.
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Aqui descemos, na balança do km 77, na Rod. Mogi-Bertioga |
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O famoso km 77! |
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Parando para comprar lichia e tomate cereja |
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Seguindo pela rodovia (tome cuidado!), cruzamos com o limite dos municípios de Biritiba Mirim e Mogi |
Passamos cerca de 200 metros da placa que marca o km 80, saímos à esquerda e já visualizamos a trilha. Ali fizemos uma pausa para descanso e esperamos os que estavam em um ritmo um pouco devagar. Cerca de 10 minutos depois, iniciamos a trilha.
A trilha começa em um trecho aberto, com bastante lama na época em que a fizemos (temporada de chuvas). A vereda vai seguindo bem batida, pequenas variações topográficas, realmente bem tranquila de fazer. Algumas bifurcações se apresentam, mas é só seguir a trilha mais batida (geralmente as da direita). Nesse ponto a trilha é feita em mata fechada. Cruzamos alguns riachos, bons pontos para coleta de água.
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Entrando nos domínios do Parque Estadual da Serra do Mar |
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Mais uma placa. Vamos seguindo em frente... |
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Placa do km 80. Fique atento, do outro lado da rodovia, cerca de 200 metros à frente, fica a entrada da trilha |
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Neste recuo, à esquerda, começa a trilha para a cachoeira |
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Descansando um pouco, logo pegaremos a trilha |
Chegamos em uma bifurcação à beira de um riacho. À direita, uma subida; à esquerda, o caminho cruza o rio e segue. Erroneamente, seguimos pela esquerda, mas percebemos que nos distanciamos um pouco do barulho da cachoeira, que a essa altura já podíamos ouvir. Resolvemos pegar um trilha lateral e descer até o rio, e constatamos realmente que havíamos passado um pouco do ponto da cachu: podíamos vê-la, mas de onde estávamos não tínhamos acesso até ela.
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Nesta bifurcação, NÂO pegue à esquerda: para a cachoeira, pegue a subidinha, à direita. Seguindo pela esquerda, você sairá numa parte mais alta do rio, sem acesso à cachu! |
Subimos o caminho de volta e retornamos àquela bifurcação onde à direita subia. Sim, era por ali. Subimos e rapidamente avistamos a Cachoeira da Pedra Furada, na parte de cima, ou seja, onde está o sumidouro. Uma parte do grupo já se jogou na água ali mesmo (eu inclusive), outra parte desceu até o poço, por uma trilha lateral.
A cachoeira é especialmente bonita: a água entra pelo sumidouro, e reaparece em forma de um jato longitudinal, forte e gostoso, formando um poço bem legal para banho. Bem rente a esse jato se forma uma espécie de "jacuzzi", refrescante e relaxante.
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Trecho da trilha: bem batida, tranquila |
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Cruzando um riacho. Esse riacho fica APÓS a bifurcação correta para a cachu, ou seja, se você o vir, é sinal de que errou o caminho...kkkkk |
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Riacho mais forte que cai direto no rio que forma a cachu da Pedra Furada |
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Estamos chegando |
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Chegamos!! O poço anterior ao sumidouro, onde a gente se jogou com vontade! |
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Atrás, o sumidouro |
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Olha aí, o sumidouro de novo! A água entra aí, e aparece lá embaixo |
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O resultado é esse: um jato longitudinal, forte, belíssimo |
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Bem legal!! |
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Aqui, estou em casa! |
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Eu, Ana e Rafael |
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Descansando, depois de um tchibum merecido! |
Ficamos por ali um tempo, o sol foi embora e baixou um nevoeiro. Terminamos nosso lanche, um ultimo mergulho, e logo nos ajeitamos. Eram por volta das 16h quando começamos a caminhada de volta. Chegamos ao km 77 por volta das 18h, onde acabamos perdendo um bus para voltar. Demos um tempo por ali mesmo, tomando algumas brejas e comendo esfiha e uma coxinha espetacular que um boteco simplão vende ali. Quando o bus chegou, por volta das 19h30, pegamos e voltamos para a estação Estudantes, fazendo o caminho de volta.
Dicas:
1. Comece a trilha cedo. A trilha não é dificil, mas demanda uma logística meio chatinha para chegar até lá;
2, Cuidado ao caminhar pela Rod. Mogi-Bertioga. Os acostamentos são bem estreitos, e os motoristas andam rápido por ali. Atenção redobrada!;
3. Nas bifurcações que aparecerem, preste atenção à que estiver mais batida. E não erre na bifurcação que leva à cachoeira: ela é uma subida, à direita;
4. O acesso à essa cachoeira é bem conhecida. Sempre haverá gente na trilha;
5. Por favor, traga todo o seu lixo de volta!!;
6. O boteco simplão, que fica no km 77, não tem sinal de celular, nem maquininha de cartão. Leve dinheiro, ok?