quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Feira de Santana – Padre Paraíso (25/9)

Descansei bem esta noite. Acordamos ás 6h30, descemos as malas, tomamos café e seguimos.Antes de pegarmos a BR 116, abastecemos o carro por um bom preço: R$ 2,48 . Tanque cheio, seguimos em frente. Logo de cara se percebe a grande quantidade de caminhões. Mas já estamos acostumamos com a 101, então tudo certo. A diferença aqui é a quantidade de retões de 40, 50 km. Poucas curvas...por isso o caminho é mais curto por aqui, em relação á BR 101.Passamos por um local chamado Itatins (BA), lugar com umas formações rochosas impressionantes, montanhas e morros no meio do sertão. Eu já havia passado por aqui em 2004, voltando de uma temporada em Natal (RN), e igualmente já havia me impressionado.Depois de 25 dias de estrada, pegamos uma chuva mais grossa. E bem onde é mais necessária, no sertão da Bahia.Passamos também por Vitória da Conquista (BA), lugar diferente de tudo, em pleno sertão pegamos um frio igual ao de São Paulo (!!). Foi ali também que conheci uma das mulheres mais criativas e mentirosas da trip. Era dona de uma lanchonete num posto, e quando eu perguntei a ela se a divisa com MG estava longe, me disse que a divisa ficava a 500 km de distância (na verdade, ficava a 62 km!); depois, me disse que a estrada estava ruim, esburacada (na verdade, estava um tapete, havia sido recém recapeada). Foi engraçado, até.Fomos debaixo de chuva um bom tempo, até a divisa com MG pelo menos. Quando cruzamos a divisa, como por encanto, o Sol apareceu. Encantado fiquei eu com as paisagens do norte de Minas/Vale do Jequitinhonha: montanhas, morros, vales. A vegetação um tanto seca (em alguns locais, faz seis meses que não chove) compõe um cenário muito bonito, árido, mas de uma beleza inegável. Passando por Medina (MG), várias montanhas; em Itaobim (MG) o rio Jequitinhonha é largo, e uma esperança de vida nesse vale agreste. A BR 116 aqui é emoldurada por montanhas, e se torna bem sinuosa.Já estava ficando um pouco tarde, e decidimos parar. A cidade escolhida foi Padre Paraíso (MG), uma cidade literalmente cortada pela BR, e cujas as casas se empenham em subir a encosta de uma montanha. Ficamos numa pousada/restaurante chamada Entre Vales, bem na entrada da cidade: quarto a R$40, PF a R$10.A cidade não tem nada, mas é simpática e tem uma placa gigante na entrada parabenizando Éder Carlos, filho ilustre da cidade, um garoto que ganhou um concurso de soletração nacional num programa de TV do Luciano Huck.Amanhã, seguindo. Sampa se aproxima.

Dicas: Impossível não se espantar com a beleza dura do Vale do Jequitinhonha...montanhas, relevos secos, a vida aqui não é nada fácil. Mas a natureza nos brinda com cenários fantásticos, entre Cachoeira do Pajeú (MG) e Padre Paraíso.

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