segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Resenha de Livro: Ironia - Frases Soltas que Deveriam ser Presas

Esse é um daqueles livros que você lê pra dar uma desopilada no fígado. Eu estava dando um rolê pela Livraria Cultura do shopping Bourbon, quando me deparei com aquela capa amarela fosforescente. Li a orelha do livro e já gostei da idéia: juntar um monte de frases, ditas por todo tipo de gente (de intelectuais a Carla Perez...) sobre determinados assuntos, mas sempre sob a ótica da mais pura ironia. Bem sacado, e o resultado final é divertido.
O legal é que se vc tiver boa memória, pode fazer um baita sucesso repetindo as frases que estão ali no livro. O pessoal vai achar que vc é bem inteligente...(rs)






Ironia - Frases Soltas que Deveriam ser Presas: livro gostoso de ler, pra dar umas boas risadas, e pensar sobre algumas coisas...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Resenha de Filme: Diários de Motocicleta

De cara, eu já aviso: sou fã de Che Guevara. Em 2007 estive mochilando na Argentina, e planejei visitar a casa onde Ernestito havia passado a infância, na cidade de Alta Gracia, região de Córdoba. Lá aprendi mais sbre a vida do menino e adolescente.
Falando propriamente do filme, o periodo retratado é o da primeira viagem que ele e Alberto Granado fizeram pela América do Sul. Foi essa viagem que lhe abriu os olhos e terminou por forjar a visão socialista que fizeram dele o revolucionário que se envolveria na Revolução Cubana, anos depois.

O filme é delicioso. Leve, agradável e divertido na dose certa. Eu penso que até para quem não sabe nada sobre Che Guevara vai gostar, porque ali não se trata de política, de Bem ou Mal, se trata de condições humanas, de experiências de vida. Tem algumas cenas que me marcaram muito: o casal de operários no Chile, a chegada deles em Machu Pichu, a ida deles para um leprosário no meio da floresta amazônica (não se esqueçam, eles eram médicos...). A poética do filme e a direção humana de Walter Salles Jr. dão o tom certo.






Diários de Motocicleta: a primeira viagem de Ernesto Guevara pela América do Sul, retratada de maneira humana e poética. Grande filme.

sábado, 18 de julho de 2009

Homenagem a Luiz Gonzaga

Ele sempre foi considerado como o Rei do Baião. E o cara era bom mesmo. Quem já ouviu e dançou, sabe. Fazem 20 anos que Luiz Gonzaga do Nascimento nos deixou. Mas quem gosta dele vai poder matar um pouco a saudade, como o projeto Homenagem a Luiz Gonzaga, no Vale do Anhangabaú, de 17 a 19/7.








Grande Gonzagão!

Serão três dias de festa, como muita música, comida típica e clima nordestino. Para Mais informações, entre no site luizgonzaga.sp.gov.br .

terça-feira, 21 de abril de 2009

Resenha de Filme: Gomorra

Eu li livro de Roberto Saviano há algum tempo, e realmente fiquei tomado pelo assunto Camorra. Tão longe e tão perto...Então eu nutria uma certa espectativa quanto ao filme. Ontem resolvi vê-lo, na mostra Melhores Filmes de 2009, do CineSesc.
Foi decepcionante. O filme deixa muitas pontas soltas, as histórias não se conectam. Quem curte Robert Altman, e seus filmes geniais, tipo "Shortcuts", sente que falta amarrar uma ponta solta. Talvez eu tenha ido com muita expectativa, pelo livro ter me impressionado, mas realmente não gostei do filme.

Cartaz do Filme Gomorra: o livro é melhor!

Dia do Indio, 19/4.

Passou meio desperecebido pra mim, afinal estava viajando aproveitando uma rara folga mais prolongada, mas dia 19 último foi comemorado o Dia do Índio.
Nos anos de 2003 a 2005, trabalhei como voluntário inicialmente, e depois como contratado, da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Uma Secretaria corrompida pela politicagem e falta de verba, mas isso é assunto para outros tópicos...o que vem ao caso é que eu trabalhei em algumas Unidades de Conservação, parques estaduais na região metropolitana, entre eles Juquery, Guarapiranga e Jaraguá.
No Jaraguá passei o maior tempo, e lá me envolvi um pouco com a comunidade Guarani que vive aos pés do Pico do Jaraguá. Em situação lamentável há muitos anos, foi justamente naquele tempo em que eu passei ali no Jaraguá que a comunidade teve bastante ajuda da Prefeitura, tendo inclusive ganhado uma escola dentro de suas terras, especializada em cultura indígena. Mas a situação das etnias indígenas nas grandes cidades é calamitosa. São praticamente favelizados, vivendo de doações, esmolas, e as vezes delitos. Numa outra situação, conheci uma parte da etnia Pankaruru vivendo na favela da Av. Peri Ronchetti, na zona norte de Sampa. Triste realidade, que se estende a outras capitais onde tenha comunidades indígenas.
Gente de cidade grande, e os brasileiros em geral, realmente desconhecem, não lhes diz nada, a cultura indígena. Mesmo que ela tenha sido umas das matrizes da nossa cultura, junto com a negra e a européia.


Garoto guarani, uma das etnias que vivem na cidade de São Paulo: em geral, favelizados e aculturados, os guaranis em geral carregam uma reputação de "preguiçosos" por não gostarem de plantar.

Pico do Jaraguá: lugar sagrado para indígenas, hoje é uma unidade de conservação, chamado Parque Estadual do Jaraguá.

Tiradentes, o primeiro laranja do Brasil!!

Eu tinha uma professora no primeiro colegial que dizia que o Tiradentes foi o primeiro laranja da história brasileira!

Na época não entendi direito a colocação dela. Era uma professora engraçada, baixinha, com um jeito meio uspiano de ser (qualquer dia escrevo sobre isso aqui...), mas aquilo me intrigou: porque laranja, ora pois?!

Segundo a história oficial, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi o mártir da Inconfidencia Mineira, movimento de independência do Brasil. Taí a primeira mentira: o movimento inconfidente viasava apenas a independência da provincia de Minas Gerais, e em nenhum momento visava a libertação dos escravos por exemplo. Até porque boa parte dos componentes do grupo de Inconfidentes pertencia ás altas classes oligárquicas. A elite, num português claro.
Foi nesse contexto que tudo se desenrolou. Traídos em dado momento, e esvaziados pela desobrigação de pagar a derrama (a quinta parte do ouro arrecadado era para o Rei), que era a principal reivindicação dos descontentes, o movimentos foi arrasado rapidamente. Impiedosamente.

O pobre Tiradentes (no sentido literal da palavra) acabou assumindo a culpa integral pela tal Inconfidência Mineira. De todos os envolvidos, foi o único que não teve a pena capital (morte!!) comutada para degredo (teje expulso!!) pela rainha D. Maria I: foi condenado a morte por enforcamento, e teve o corpo esquartejado em praça pública. Com o seu sangue se escreveu a carta que lavrou a certidão de cumprimento da sentença. Algumas partes do seu corpo foram levadas para outras cidades, onde ele estivera fazendo seus discursos republicanos.

Pois é, minha querida professora do colegial, cujo nome não me recordo agora, vc tinha toda a razão: Tiradentes foi, sem dúvida, se não o primeiro, o mais simbólico laranja do Brasil. Morreu pagando o pato que os outros deveriam também pagar.

Será que a gente deveria comemorar isso mesmo?

Tela de Pedro Américo, retratando o esquartejamento do Tiradentes: versão oficial levantada pelos republicanos, que viam em Tiradentes um "martir" capaz de unir o Brasil.

Se quiser saber mais, leia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tiradentes

Peneirando cultura

Cara, eu acho incrível a produção cultural no Brasil. Tem uma porrada de gente fazendo coisas incríveis, em todas as partes desse Brasil, e que não tem espaço garantido na grande mídia. Recebi esse vídeo de uma conhecida, a Kiusan, dançarina das boas, e repasso aqui para repercutir cada vez mais esse projeto da Amélia Cardoso, que visa resgatar sons e cantos das décadas de 20 e 30 do séc. XX.

Se quiserem saber mais, ao longo do vídeo rolam uns links no MySpace da banda, e curtam esse videozinho do programa de web tv Mundaréu, que parece ser meio garimpeiro em pedras brutas culturais, aqui na cena paulistana.

Amélia Cardoso e banda. Kiusan é a dançarina negra mais á direita.
Se quiser saber mais da Amélia, acesse esse link:




E a web tv, onde passa o programa Mundaréu, é aqui:




Abraço,


Marcelo


sábado, 7 de março de 2009

A excomunhão, o bispo e vida

E esse caso da menina de 9 anos, que teve de fazer um aborto por conta de um estupro realizado pelo padrasto? O arcebispo de Olinda e Recife, chamado dom José Cardoso, excomungou a equipe médica, a mãe que autorizou o aborto terapeutico (termo jurídico para o aborto que visa salvar a gestante), e se bobear até a menina.
Sinceramente, a primeira coisa que eu pensei quando soube da história foi: "Foram excomungados...tá...e daí?!" Há muuuito tempo, a Igreja Católica deixou de ser referência de retidão ou bondade humana. Na minha opinião, na verdade, nunca foram. Não tenho nada contra o sacerdócio, liturgia e afins, mas nunca me desceu essa atitude hipócrita de condenação/salvação impostas por esses caras. Não são confiáveis, simplesmente porque não vivem uma vida real: não casam, não transam (coroinhas não contam, pô!), não tem uma D.R. com a esposa depois de um dia cansativo de trabalho...isso sem contar que não podemos esquecer dos inúmeros, vergonhosos e gritantes casos de pedofilia católica ao redor do mundo. Afinal, pedofilia se mistura com estupro tb, numa análise final, não? Ahh, mas não: como disse o simpático tiozinho, o bispo dom José Cardoso, o estupro não é um crime contra Deus, mas o aborto sim! Ah, então tá explicado...

O Estado brasileiro é laico, não tem religião. Não é como o Irã, por exemplo. Então quem liga para o que um bispo com cara de bobo pensa e fala? Quem em sã consciencia concordaria em matar uma menina de nove anos, para salvar os fetos?!Quanta incoerência e ignorância...

Não vi em nenhum momento esses pároclos perguntando sobre o estado de saúde da menina. Que é vitima em todos os sentidos nessa história.

Arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso: me excomunga aí, meu chapa!!

Acabei achando uma matéria interessante na Terra Magazine. Se quiser se aprofundar um pouco mais:
http://maierovitch.blog.terra.com.br/2009/03/07/aborto-e-excomunhao-mae-e-medicos-poderao-postular-indenizacoes-da-igreja/

Poema #12 - O último

Somente o vazio do olhar

Sinto só, solidão
Solidão só, e só
Vazia voz, triste, atroz
Vontade de encher o coração.
Olho, vejo, não enxergo
O que antes eu via
Tenho vendas, estou cego
Mas me lembro do que via.

Poema #11

O Viajante do Tempo

Olho pela janela do presente
Tudo passa, tudo vai
Mas o efêmero é tão constante
Que o instante se torna eterno

Vou andando, balançando
Será longe o meu destino?
Vejo ruas, opções
Mas sinto que nenhuma delas/
é o meu caminho

O fato, incontestável, é que
Mesmo vivendo no presente
E encarando o futuro
Vivo com os olhos, mente e coração/
no passado

Será que estou morto?

Resenha de Livro: Gomorra

É em Nápoles, mas pode ser em qualquer grande cidade do mundo. São Paulo por exemplo, um exemplo bem acabado da atuação de grupos organizados e máfias. Rio de Janeiro, nem se fala. Envolvidos em vários setores da economia, esses grupos diversificaram a sua forma de atuação a tal ponto, que muitas vezes fica dificil saber o que é atividade legal, e o que é atividade criminosa.

Lendo o livro Gomorra, de Roberto Saviano, a sensação que eu tive foi de nó no estômago. Um nó que se fecha por pois motivos: um é a propria ação em si, ação da Camorra napolitana, que em certos momentos faz PCC e Comando Vermelho parecerem clubinhos juvenis; o outro motivo é perceber que aqui, do seu lado, do meu lado, podem estar acontecendo coisas bem semelhantes ao que se lê no livro. Trafico de drogas, corrupção policial e de políticos, lavagem de dinheiro, infiltração de empresas "fantasmas" para concorrências governamentais, etc, etc...Parece o Brasil, não é mesmo? E é isso que me deu uma sensação nada agradavel de estar cercado de lama.

Sobre a maneira que Roberto escreve, posso dizer que é pesada, mas extremanete interessante. Não consegui largar até acabar. O bacana do livro é que vc percebe a indignação do autor, do asco que a Camorra e sua ações causam no autor. E se Roberto escreveu o que escreveu, não foi porque "ouviu falar", mas sobretudo porque se envolveu com alguns camorristas pra saber a verdade. O cara esteve lá dentro, tomou um drink com o Diabo e saiu pra contar a história. Não á toa, foi jurado de morte pela Camorra, por contar ao mundo as atividades da Máfia.
Só uma explicação rápida: existem três tipos e "máfia" na Itália: A Camorra, na região de Nápoles; a Cosa Nostra, na Sicília; e a Ndrangheta, na Calábria. Todas bem atuantes.

Recomendo a leitura!

Vc acha a Máfia uma coisa de cinema, tipo Poderoso Chefão?Vc quase torce por Vito Corleone?Então leia esse livro e saiba que a Máfia pode estar mais perto de vc, do que vc imagina (e gostaria...).

domingo, 15 de fevereiro de 2009

A Decadência do Centro de São Paulo

Antes de mais nada, eu quero dizer logo de cara: eu amo o Centro da cidade. Já ando por essa região há mais de 20 anos, seja trabalhando, seja caminhando, seja curtindo os bares, botecos, centros culturais, ou seja lá o que fosse...O que acontece agora, a olhos vistos e, infelizmente para mim, empiricamente falando (já que sou morador do Centro), é muito, muito triste: o total abandono e decadência do Centro.

São Paulo na década de 1920: uma cidade européia.

A cidade de São Paulo, que na década de 1920 tinha um aspecto europeu, sofreu um processo de degradação ao longo dos anos, que culminou com a total decadência nos ano 1980. Mesmo decadente, as coisas que eu mais gostava estavam lá: prédios históricos, vida, história...de dia, um movimento mosntro, milhares de pessoas indo e vindo, na pressa que é muito caracteristica do paulistano; a noite, tudo vazio, e outros habitantes vindo tomar conta do pedaço. A pergunta que não saia a minha mente era: "Porque não se revitaliza essa área?O que há com esses caras de gravata (políticos) que não enxergam o potencial do Centro?"

Centro de São Paulo á noite: virtudes e perigos.

Pois bem, passaram os anos, novo século, e lá por 2001, começam projetos esparsos tentando revitalizar o Centro. Fiquei contente!Em 2004, 450 anos da megalópole, a situação havia se transformado: o centro, ainda com problemas, mas já masi humanizado, limpo, menos mendigos ou meninos de rua pedindo esmola. Caramba, estava dando certo!Então, paulatinamente, a situação começou a piorar. O que teria acontecido?

O crack e o vicio: uma praga que toma conta do meu querido Centro.

Política. É a única explicação que eu posso encontrar. Porque depois que o atual prefeito entrou, e junto com o atual governador, idealizaram o tal "Projeto Nova Luz", resolveram limpar a área a Luz, onde historicamente os viciados em crack e cocaína se reuniam. Pois bem, desapropriaram vários prédios em ruínas, tiraram os viciados de lá, polícia ostensiva no local...só que eles se concentraram tanto nesse projeto (que anda bem parado), que acabaram esquecendo o restante da região: assaltos, lixo, os viciados que habitavam a Luz, tudo, agora se concentram nas imediações do cruzamento da Av. São João com a Av. Ipiranga.

Eu ando infeliz por aqui, tô até procurando lugar novo pra morar, fora do Centro. E torcendo para que um dia essa região tenha a merecida atenção e respeito que já teve.

Viciados: os governos municipais e estaduais expulsaram essas pessoas da região da Luz, afim de tocar o projeto "Nova Luz", mas não resolveu o problema: legião de viciados espalhados nas ruas Aurora, Guaianases e Vitória.






A Era de Aquarius

Ontem fui pego de surpresa: começou a Era de Aquarius, a era do amor e da paz! Dia 14 de Fevereiro de 2009...tive fazendo umas pesquisas, e há muitas divergências a respeito da verdadeira data em que se iniciaria a Era de Aquarius (uns dizem ano 2600, outros 2654...), mas o teor da influência que essa nova Era causará em nós, humanos demasiados humanos, são a mesma em qualquer hipótese: "proporcionará à maioria dos seres humanos a descoberta, a verdadeira vivência e o real conhecimento dos ensinamentos Cristãos mais profundos..." É uma definição com uma conotação um tanto religiosa (e cristã...), mas a essência é sempre no sentido de mudança, união, descoberta...que assim seja então!!
Eu já tô no clima da Nova Era: ontem deixei de dar uma voadora num cara extremamente folgado que tava enchendo o saco de todo mundo no futebol. Age of Aquarius...




A Era de Aquarius vsita pelo mapa astral: novos tempos...






...e a voadora que eu queria ter dado no folgado, mas que a Era de Aquarius evitou!!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Resenha de Filme: O Incrível Exército de Brancaleone

De vez em quando eu dou umas incertas por alguma Lojas Americanas (não, eu não errei a concordâcia verbal...) porque eles sempre tem algumas pérolas em DVD a preço bem baixinho. Foi numa dessas visitas que eu encontrei um filme que havia visto há muitos anos atrás, quando eu era só um moleque borra-botas de 14anos, mas já interessado em cinema: O Incrível Exercito de Brancaleone (1966), dirigido por Mario Monicelli, e com o impagável Vittorio Gassman no papel principal de Brancaleone de Nórcio, um cavaleiro trapalhão, meio marrento, mas de alma pura!(rsrsr). O filme pega o periodo da Baixa Idade Média, onde o sistema feudal já dava sinais de desgastes. Mas nada disso importa muito.
Tudo começa com uns maltrapilhos vassalos dando uma surra non sense num cavaleiro, e se apossando de uma carta. Essa carta diz que o portador da mesma tem direito a se tornar o dono da fortaleza de Aurocastro (!!). Os vassalos tem uma idéia: encontrar um cavaleiro bravo e destemido para conseguir esse intento - e de quebra levar algumas moedas de ouro na brincadeira...É nessa que entra o Brancaleone de Vittorio Gassman, ireverente, atrapalhado, maluco, engraçadissimo. E lá vão eles viver aventuras, a la Don Quixote, em direção a Aurocastro. O desenrolar da história, só vc vendo o filme mesmo, mas te garanto: é risada na certa.
E como diz o incrivel exército de Brancaleone: Branca!Branca!Branca!Leon!Leon!Leon!
L'armata de Brancaleon (O Incrivel Exercito de Brancaleon), um dos clássicos italianos que te faz dar muita risada sem apelar para efeitos especiais ou forçação de barra.

Resenha de Filme: O Curioso Caso de Benjamin Button

Fui na semana passada ver o novo filme do Brad Pitt, que pode render ao galã-ator o seu primeiro Oscar como ator principal. Saí da sala de cinema (a boa sala de cinema do Espaço Unibanco Pompéia) com a sensação estranhade conforto e incomodo, ao mesmo tempo. Mas até agora nao consegui entender o porque.

A história toda é bem amarrada. Ele nasce velho, aspecto horrível, com todos os problemas de um idoso de 90 anos, e com o passar dos anos vai "melhorando", ficando mais jovem. As experiencias de vida passam com ele de um jeito inusitado. Mas com as mesmas complicações das pessoas que tem seu tempo-espaço "normal", ou seja, que nascem jovens e envelhecem. Por ter sido abandonado no nascimento, ele é deixado num asilo pelo pai biólogico, um empresário do ramo de botões., e é criado pela empregada desse asilo. É nesse mesmo asilo que ele conhece o amor da vida dele.

O filme passa por cerca de 70 anos, mostrando toda a evolução (fisica, mental e emocional) de Benjamin, seu reencontro com a mulher amada, seus ultimos anos, onde toda a experiencia de uma vida inteira vai se esvaindo por causa da sua "infantilização" fisica, até ele morrer bebê, nos braços de uma idosa, na verdade seu eterno amor, inseparável até a morte.

No final da sessão, um silêncio incrível da platéia me fez perceber que este filme não é só curioso, mas verdadeiramente comovente.

Brad Pitt, envelhecido pela maquiagem, e defendendo um papel magistral: cotadíssimo para o Oscar 2009.

Poema #10

ACRÓSTICOS

Jamais pude imaginar
O que poderia brotar
Aqui no meu peito, ao te ver...
Nunca imaginei
Nunca...
Amo-te!!



Mais que uma amiga
Agora te vejo como mulher
Razão de viver
Insano desejo!!
Loucura de amor
Estado febril
Apaixonado estou!!



Impensável como você
Apareceu assim, do nada
Revelou-me (e revelou-se) uma pessoa linda
Amando e sendo amada

Poema #9

AMIGOS...OU NEM TANTO

Há certas situações na vida
Que parecem certas, de fato
Mas só depois de vivê-las
Vemos o absurdo, o abstrato

O encontro de pessoas
Que em tese são amigos
Tornou-se algo confuso
Sufocante, incomodo...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Poema #8

POEMA-HOMENAGEM A UMA AMIGA

Mulher de fibra
Ser que me inspira
Amiga, referencia, companheira
É assim que vejo a doce Vanessa!

Me encanta a tua dedicação
Tua coragem, teu coração
Mas me encanta muito mais
Tua perseverança em olhar a vida/
com alegria

Se a chama que arde em ti
Por acaso se apagar
As almas que estão ao seu lado morrem/
de frio

Por isso te peço sem pestanejar
Nunca deixe seu coração se calar.

Você é importante!

Poema #7

LÂMINA ESCRITA (ÚLTIMAS PALAVRAS)

Você sabe o que fez?
Brincou com coisas que não devia
Induziu-me a acreditar no amor
Mas no fundo nada sentia...

Você imagina o que fez?
Sua frieza nas ultimas palavras
Punhais em forma de letras,
Cortando o que restava de um coração
Que poderia ser teu, que ofereci a ti
Mas você me respondeu
Com desdém, me entristeci...

Você não sabe o que fez...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A verdade e o politicamente correto

Comecei a assistir essa semana a minissérie da Globo "Maysa - Quando fala o Coração" logo na esteira de ler a boa biografia dela (postei uma resenha abaixo so o livro). Olha, como eu imaginei, o "Padrão Globo de Qualidade" produziu uma minissérie esteticamente muito bem feita, mas extremamente malemolente. Maysa foi muito mais do que aquilo que mostra na telinha...ela bebia pra caramba, tomava altos porres mesmo, dava escândalo, bagunçava o coreto, como se dizia antigamente!E não aquela rebeldia de shopping que mostra no programa...o pior foi ver descaradamente uma inverdade: Maysa e Ronaldo Bôscoli tiveram um tórrido caso de amor e sexo. Mas Bôscoli era noivo de uma moça, uma tímida moça que mais tarde viria a ser conhecida como...Nara Leão. Na minissérie, eles trocaram o nome da noiva por uma tal de Betinha!!!Porra, a Nara Leão foi chifruda mesmo, e daí?São coisas da vida, meu!!Praquê dar uma de politicamente correto (e mentiroso contumaz...) e trocar os nomes dos personagens?Medo da ofensa?
Mas não dava mesmo pra esperar a verdade nua e crua de um escritor água com açucar como Manoel Carlos (alguem aguenta aquelas novelas tipo Mulheres Apaixonadas?!) e de um diretor que está diretamente envolvido com a personagem central: Jayme Monjardim é filho de Maysa. Lógico que ele não ia detonar a própria mãe. Se Maysa tivesse viva, talvez desse um esporro nesse sujeito...

Poema #6

QUANDO SE DESCOBRE O QUE FALTA

Sempre pensei que pouco viveria
Às vezes até isso desejei
Faltava-me algo parar completar
Uma coisa que mais tarde descobriria
Faltava-me amor!
Faltava você!
Quando te achei, não cri
Apareceu assim, do nada
Sei que estamos longe, distantes
Mas meu coração está calmo, e aguarda...

Poema #5

TECNOENCONTRO

Se lembra do primeiro encontro?
Feito com frias tecladas
Houve briga, antipatia
Eu nada dele esperava
Mas aos pouco, engraçado...
Fui me afeiçoando a você
As brigas d`antes pararam
Vi a amizade nascer.
Hoje somos amigos
Viventes de um mundo virtual
Mas te sinto palpável, presente
No meu coração e na mente.

Resenha de Livro: Maysa - Só Numa Multidão de Amores

Maysa foi uma daquelas artistas que a gente pode chamar de "diva", no melhor e no pior sentido. Dona de uma voz fenomenal, rouca e potente, arrebatou corações em meados dos anos 50, cantando canções e boleros, que se convencionou chamar de "música de fossa", "dor de cotovelo", e assim por diante. Era também uma mulher temperamental, explosiva, decidida e de presença marcante. E, sobretudo, uma sofredora nata.


Ela nasceu e cresceu fadada a se tornar estrela. Nos saraus que os pais davam em casa, gente do quilate de um Silvio Caldas e de uma Elizeth Cardoso frequentemente apareciam. Ela cantava nessas rodinhas informais. Nesses mesmos saraus, conheceu o marido, André Matarazzo Filho, membro de uma das mais ricas e respeitadas famílias paulistanas. Casou com 17 anos. E separou-se com 22.


O autor do livro, Lira Neto, desenrola muito bem o fio que nos conduz pela vida de Maysa. Eu li esse livro em duas semanas, e poderia ter feito em menos, de tão cativante que é. As tentativas de suícidio, o namoro com Ronaldo Bôscoli (e com a Bossa Nova), as loucuras intempestivas, a relação de amor/ódio com o público e a imprensa, seus amores e desamores, caso hilários e dramáticos, toda essa trajetória vc acompanha narrado de uma maneira bem interessante. Ao terminar o livro, a sensação que se tem é que Maysa podia ter dado mais, mas que tb ela deu tudo o que podia. Como uma supernova, deu tudo de si num curto espaço de tempo, brilhou demais, e se foi.

Maysa - Só Numa Multidão de Amores. O livro conta a história de uma das divas da música brasileira, tão louca quanto genial.

Se quiser saber mais, descobri um blog interessante:

http://sonumamultidaodeamores.blogspot.com/

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Feliz Ano Novo!

Esse é o primeiro post do ano de 2009 nosso Senhor. 2008, o agora passado, foi de muita luta, conquistas, sangue suor e lágrimas. Mas no balanço final, foi muito bom.

Nunca fui de fazer planos. Prefiro viver, experimentar. Mas sinto que nesse ano as coisas estão diferentes: me peguei fazendo planos. Comprar um apê, passar em outro concurso, ir para a Nova Zelândia...se desses três, eu concretizar dois, tá ótimo!São metas bem ousadas, mas eu senti que preciso dar esse salto, tá na hora de uma coisa a médio/longo prazo.

Para aqueles que acompanham esse blog, fica aqui os meus sinceros votos de felicidade, saúde, paz e dindin no bolso, porque não?E que Deus dê em dobro o que desejarem para mim!

Grande abraço, e Feliz 2009!

Poema #4

Poema para quem perde

Precisei não mais ter
Pra só assim aprender
Que é difícil ganhar,
Mas muito mais é manter.

Aprendida a lição
Tento, meio em vão
Retomar o que é meu:
Coração teu, minha paixão.

Sei que é dificil deixar
O sentimento no peito pulsar
Mas olhe pra si mesma e responda:
Quem nunca errou ao amar?