quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Canindé do São Francisco – Maceió (15/9)

Tive uma noite mal dormida no hotel, por causa de um acontecimento meio insólito: tinha um grilo dentro do quarto, que ficou “cantando” a noite inteira. Procurei o danado, mas não encontrei, desconfio que ele estava dentro da porta do banheiro. Foi difícil conseguir engatar o sono.Pegamos a estrada depois de tomar café, por volta das 8h20. Eu não ia colocar o carro na mesma estrada esburacada da vinda, a SE 206, então fui estudar os mapas. Achei uma rota alternativa, que sai exatamente um pouco antes de Monte Alegre do Sergipe (SE), em direção a Porto da Folha (SE). As informações eram que a estrada estava boa até Gararu (SE), depois dali se tornava uma incógnita...Resolvi arriscar e a aposta se mostrou certa: até Propriá (SE) a estrada estava boa, muitíssimo melhor do que a SE 206. Valeu a pena arriscar.No caminho, situações: mega feira popular em Porto da Folha (parecia a 25 de Março); parada em Gararu, ás margens do Velho Chico, e um papo com um paulistano que se mudou pra lá, pra cuidar do sogro doente; parada rápida em Propriá, e fotos da divisa SE/AL. O caminho foi tranquilo, e logo cruzamos a ponte para Alagoas.Voltamos para a BR 101, agora com uma “novidade” em termos de 101: buracos. Decidimos sair da 101 e pegar a esquerda, visitar Penedo (AL). Foi a segunda boa escolha do dia.Penedo é uma cidade a beira-rio, com um cais importante, mas para embarcações pequenas. O casario desse cais já impressiona: séc. XVI, XVII, XVIII. Coisas mais modernas também, mescladas. È bonito. Começamos a caminhar, e literalmente cada passo revelava um cenário mais incrível que o outro!Fotografei muitos prédios, igrejas, conventos. E é claro, as paisagens da foz do rio São Francisco. Não é a toa que Penedo é chamada de a “Ouro Preto do Nordeste”, um daqueles títulos meio bobos de comparação, mas que faz juz a beleza do lugar.Almoçamos num restaurante self-service ao lado de uma igreja, PF a R$7, incluindo uma ambrosia fantástica, que a dona do restaurante chamava de doce de leite. Pra quem não conhece, é um doce de leite que ao acrescentar suco de limão e batido no liquidificador, fica talhado.Enquanto Iara ia resolver uns problemas de banco, eu fui caminhar. E fotografar. Acabei achando um forte, chamado da Rocheira, testemunha das invasões holandesas nessas terras. Hoje em dia tem um restaurante ali, bem agradável.Por volta das 15h, seguimos viagem. As infos davam conta de que a estrada litorânea estava esburacada. Perguntando em um posto de gasolina, a info foi totalmente diferente!E agora, em quem confiar?Escolhemos pela costa. Foi a terceira boa escolha do dia.Seguimos pela costa então, passando por uma interminável sequência de coqueirais, onde quase não se vê o mar, mas quando se vê, o azul do mar é hipnotizante. Passamos por Coruripe (AL), Barra de São Miguel (AL) e a Praia do Francês (AL), todos pela AL 101, até chegarmos a Maceió (AL).Maceió apresenta uma orla bem urbanizada, e o que vimos até então (ou seja, a praia de Pajuçara) foi uma quantidade gritante de hotéis, pousadas e restaurantes. Alguns bem caros. E pedintes, vários deles.Saímos a caça de pousada. Foi meio complicado, mas acabamos encontrando uma com bom custo-benefício: por R$70, quarto completo, a Pousada Girassol tem um atendimento simpático. Descansamos um pouco e saímos para jantar. Entramos num rodízio de pizza, R$10,90 por cabeça, e deu pra comer na boa. Um rolê pela orla, e fomos para a pousada, dormir.

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