quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Prado –Valença (10/9)

Hoje nós só ficamos na estrada, praticamente.Saímos do Prado ás 8h20, depois do café. Nos despedimos do seu Tito e seguimos rumo a BR 101. Eu comecei tocando até a 101, tudo tranquilo pela BA 489. A paisagem é de campos, e passamos nos fundos do Parque Nacional do Descobrimento, mas dessa vez não pude entrar, infelizmente.Entramos na BR 101 na cidade de Itamaraju (BA), um lixo de cidade que não tem uma placa sequer, o que me levou a cometer um engano de navegação: peguei a BR 101 no sentido sul, em direção ao ES. Andamos quase 30 km até eu notar o erro, Meia-volta, e acelerei para compensar o vacilo.O trecho entre Itamaraju e Eunápolis (BA) é muito pesado, no que tange ao tráfego: caminhões, treminhões levando cana, carros...fora que o asfalto está em péssimo estado. Foi bem cansativo dirigir nessas condições.Quando chegamos em Eunápolis, resolvemos abastecer e descansar um pouco. Gasolina cara, R$2,84, mas era necessário. Aproveitamos e fizemos um lanche. A partir dali, Iara assumiu o volante. Coincidentemente, dali para frente o asfalto melhorou muito, assim como o tráfego deu uma diminuída grande.Passando Eunápolis, entramos na região de produção cacaueira, que vai até depois de Itabuna (BA). Cruzamos o rio Jequitinhonha, e também diversas fazendas antigas de cacau.Na altura de Travessão, distrito de Camamu (BA), saímos da BR 101 á direita, em direção a Camamu e Valença (BA). A estrada é sinuosa, mas a paisagem vale muito a pena, mata atlântica exuberante: estamos na península do Maraú. No caminho até Valença, várias cidadezinhas: Ituberá, Taperoá, Nilo Peçanha...a noite já ameaçava cair, e a gente rodando, nada de Valença. O cansaço pegou a gente.Chegamos á Valença, finalmente. Logo fomos procurar hospedagem. Nos dois primeiros, tudo lotado. Conseguimos um querto por R$100 no hotel Onda Azul, caro demais para o nosso padrão estipulado, mas a única opção. O desespero é o pai das imprudências, e o cansaço não deixou a gente pensar muito.Banho, roupa limpa, faltava arranjar um restaurante. Fomos ao Mega Chic, um self-service bacaninha. Satisfeitos, saímos pela cidade. A cidade é cortada pelo rio Acaraí, de onde saem barcos para Morro de São Paulo (BA) e a Ilha de Boipeva. Gostei do clima daqui, tem uma energia legal. Prédios antigos, alguns decadentes, outros lindos. Os barcos ancorados no rio dão um toque de charme ao local.No meio do rolê, começou a chuviscar. Foi a senha para eu voltar ao hotel. Amanhã vamos cruzar a Baía de Todos os Santos de balsa, a partir de Itaparica (BA), como havia me sugerido numa conversa o seu Tito, lá do Prado.

Dica: Essa é uma região que vale gastar um tempo maior para conhecer. Morro de S. Paulo, Cairú, Boipeva...uma pena que só passei uma noite lá, a cidade é bem legal.

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